Ao virar uma esquina, já sumiu o quarteirão e em seu lugar uma caixa cinza de empilhar gente no mesmo numero e roubar do paulistano mais um pedaço do céu.
Eu queria tanto //
ser um poeta maldito //
a massa sofrendo //
enquanto eu profundo medito //
eu queria tanto //
ser um poeta social //
rosto queimado //
pelo hálito das multidões //
em vez //
olha eu aqui //
pondo sal //
nesta sopa rala //
que mal vai dar para dois.
Leminski
1 comment:
A vida em 24 tetos: Quadro...
Adorei ver o "Garganta profunda" e comer bolinho alemão! (adorei... mais ou menos). Beijão linda!!
Post a Comment