Engolia a notícia a seco. Sem metáfora. Papel garganta abaixo e depois dois confiantes tapinhas no abdome. Em algumas horas essa história chegaria ao fim merecido.
Eu queria tanto //
ser um poeta maldito //
a massa sofrendo //
enquanto eu profundo medito //
eu queria tanto //
ser um poeta social //
rosto queimado //
pelo hálito das multidões //
em vez //
olha eu aqui //
pondo sal //
nesta sopa rala //
que mal vai dar para dois.
Leminski
1 comment:
Hehe. Essa foi engraçada! Dava um curta isso... Daqueles em preto e branco.
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