Saturday, June 12, 2010

Carta de Despedida

Ontem, pousei minha mão direita sobre aquele joelho, que sem repelir nem aceitar, recebeu num toque, aquilo que acumulei nesses três meses de espera.
Na natureza das coisas, joelhos são feitos para dobrar e nos levar, nos fugir, ou nos deixar ficar. Por isso deixarei-os em paz, com sua dificuldade em desviar, e voltarei dobrando os meus ao seu lado, assim que eu puder resumir os seus joelhos a simples articulações intocáveis por minha mão em espera.

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